Zumbis no LHC!

Calma, calma não se assuste com o título desta postagem. Os zumbis aqui são fictícios.

Tempos atrás, fiz um post com o trailer do filme Decay. Um Fan filme feito por estagiários do CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear) nas dependências do LHC (Large Hadron Colider). O maior colisor de partículas já construído.

Pois bem, já tem algum tempo mas o filme foi lançado e está disponível na íntegra no Youtube. Ainda não o vi para poder comentar a respeito, mas pelas cenas que vi  e pelos comentários, trata-se de um bom entretenimento, considerando o baixo orçamento U$$ 3.500,00.

Na trama o Bóson de Higgs transforma físicos em Zumbis e uma equipe de cientistas tenta sobreviver ao ataque (um enredo de dar inveja a qualquer George Romero).

Com pouca experiência em cinema e com equipamentos emprestados e orçamento do próprio bolso, a ideia vem para satirizar os misticismos e folclores que muitas vezes a mídia e o senso comum plantam em volta da ciência e da tecnologia. 



Fonte: Folha de S.Paulo

Quem lembra? Mundo de Beakman e a educação não formal

Mundo de Beakman
A tela de abertura do programa
Aproveitando que o ator Paul Zaloom o ex intérprete de Beakman virá para o Brasil, mais precisamente para Bauru, para fazer uma palestra (veja mais detalhes aqui) me lembrei deste fantástico programa de televisão, que na minha época passava na Tv Cultura e que foi um dos meus primeiros contatos com ciência.

Para quem não conhece, "O mundo de Beakman" foi um programa educativo exibido na TV na década de 90. O professor Beakman, respondia cartas que recebia de telespectadores com a ajuda de sua assistente e de seu rato de laboratório Lester (sim, era um cara vestido de rato).

O programa foi composto por 4 temporadas, as quais eram constituídas por episódios com cerca de 20 minutos cada uma. A primeira, segunda e quarta temporadas apresentavam um número total de 26 episódios cada uma, e a terceira temporada apresenta um número de 13 episódios.

Uma curiosidade é que na versão em português, os nomes dos telespectadores eram nomes engraçados que remetiam as perguntas que eles faziam.

Zaloon conta que a idéia para o programa não foi dele, mas que ele foi o único "louco" que topou participar do programa e sabia que não ficaria rico com isso. E que o programa foi ao ar devido a uma lei que "forçava" os canais a possuírem programas educativos em sua grade. 

Se Zaloom ficou rico ou não, é outra história, o que sabemos é que o programa foi um sucesso de popularidade e foi exibido para mais de 90 países e despertou o interesse de milhares de crianças para a ciência.

É importante possuirmos um senso crítico, quando estamos falando de educação não formal e divulgação científica. 

A televisão constitui um espaço muito importante para veiculação de informação, portanto devemos estar atentos ao que é mostrado para nós. 

O grande mérito do mundo de Beakman consiste em despertar no espectador (a maioria do público eram crianças), o "primeiro interesse" para a ciência, e levar às primeiras reflexões sobre o que é a ciência, o que são determinados fenômenos e outras questões deste tipo. Tudo isso através de encenações, músicas, efeitos especiais e piadas. O programa prendia o espectador, de uma forma divertida, sem ser maçante e cansativo.

Beakman e sua trupe constituem um ótimo material de apoio que poderia ser utilizado num espaço de educação formal, com o auxílio de um "adulto" (como eles sempre diziam), um professor que pudesse apontar equívocos ou acertos do programa e incentivar o lado crítico de seus alunos. Vejam aqui como podemos aliar entretenimento e educação de forma inteligente, trabalhando a percepção dos espectadores e a capacidade crítica dos mesmo, ufa! 

Talvez um pouco daquela loucura do Beakman nos ajude nessa tarefa!

De qualquer maneira aquela turma deixou saudades, segue um vídeo do canal nostalgia com uma visão do programa e também, nas referências, um trabalho de conclusão de curso que faz análises do ponto de vista educacional de alguns episódios.




Referências

Wikipédia

Super interessante

Ciências na Educação não formal: uma análise dos episódios de O Mundo 
de Beakmani




Dia a dia - Prato Giratório

Micro-ondas
Cuidado com o que colocar no micro-ondas
O post de hoje é uma curiosidade retirada do livro  O que Einstein disse ao seu cozinheiro (Wolke, Robert L.,Ed Zahar) que já foi comentado aqui

A pergunta que dá origem ao texto é "Por que a comida tem de rodar enquanto está cozinhando?"

"É difícil projetar um forno micro-ondas em que a intensidade das micro-ondas seja completamente uniforme por todo o volume da caixa, de modo que todos os locais da comida sejam submetidos à mesma potência de aquecimento. Além disso, toda comida no forno está absorvendo micro-ondas e perturbando qualquer uniformidade que, de outra maneira, possa existir. Você pode comprar um dispositivo barato, sensível a micro-ondas, numa loja de equipamentos culinários, pô-lo em diversas partes do forno e observar que ele registra intensidades diferentes em diferentes locais.
A solução é manter a comida em movimento, de modo que equilibre as disparidades na intensidade das micro-ondas. A maior parte dos fornos, hoje em dia, tem prato giratório automático, mas se o seu não tem, muitas receitas e instruções para descongelamento de alimentos irão lembrá-lo de rodar a comida a meio caminho do tempo de aquecimento"

A grosso modo podemos dizer que queremos que o alimento receba a energia das micro-ondas da forma mais uniforme possível, e como os micro-ondas distribuem suas ondas de forma não uniforme, fazemos com que o alimento rode pois as diferenças de intensidade em locais diferentes são "compensadas"

Referências

O que Einstein disse a seu cozinheiro: a ciência na cozinha: (inclui receitas) / Robert L. Wolke; tradução Helena Londres. - Rio de Janeiro: Zahar, 2003