Prêmio Nobel de Física 2013

Bom, antes tarde do que nunca! No último dia 08 de outubro os físicos François Englert e Peter Higgs foram contemplados com o prêmio Nobel da física deste ano por seus trabalhos teóricos sobre como as partículas adquirem massa, propostos separadamente em 1964.

Englert e Higgs 
Lembrando-se do fato de que a confirmação experimental veio em julho de 2012, não é de se espantar que o prêmio tenha ido parar nas mãos deles. Os resultados experimentais foram obtidos no LHC (Large Hadron Collider), à partir de dois experimentos (CMS e ATLAS).

E como sempre, quando uma notícia começa a pipocar por ai (principalmente na internet) devemos tomar cuidado com o que lemos, ouvimos e falamos (escrevemos também!).

Trata-se de um assuntos recente na física, o qual, este que vos fala não foi iniciado ainda. Portanto não me atreverei a falar do assunto diretamente aqui.

O que posso lhes dizer é que tenho acompanhado o trabalho de muita gente séria e buscado muitas informações, e claro pretendo compartilhar tudo isso! 

Tentei estabelecer uma ordem para um bom entendimento:
 

Dossiê Higgs - Aqui uma introdução, um panorama geral sobre o Higgs e também sobre o LHC.

Bóson de Higgs - Como, onde e porque surgiu - Abordagens de conceitos chave para o entendimento do assunto.

Higgs Day - A notícia da descoberta, um panorama sobre a quantidade de pessoas envolvidas, o tamanho de tudo isso e a importância da descoberta.

Nobel -A notícia em si e também um jogo rápido de perguntas e respostas com Rogério Rosenfeld (Instituto de física teórica da Unesp) sobre a escolha dos premiados.

O que o Bóson de Higgs não é - Devido a imensa quantidade de bobagens que surgem por ai, é necessário esclarecer algumas coisas (este texto eu acho que li no dia do anúncio, ou seja, foram bem rápidos).

Abaixo uma entrevista com o mesmo Rogério Rosenfeld, só que agora em vídeo. Foi transmitida pelo Programa Canal Livre da Rede Bandeirantes no dia 13/10/2013.





Fica meu agradecimento a todas estas fontes que se preocupam em divulgar informação da forma correta (a Band e Canal Livre tentaram também).

Sabe-se que em todo o mundo a divulgação científica ainda tem muito o que evoluir. Mas saber que existe uma geração de pessoas jovens focadas nisso, me deixa muito satisfeito.

Referências

Sociedade brasileira de física

Simetria de Gauge

A liga dos cientistas extra ordinários

Prêmio Nobel


Zumbis no LHC!

Calma, calma não se assuste com o título desta postagem. Os zumbis aqui são fictícios.

Tempos atrás, fiz um post com o trailer do filme Decay. Um Fan filme feito por estagiários do CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear) nas dependências do LHC (Large Hadron Colider). O maior colisor de partículas já construído.

Pois bem, já tem algum tempo mas o filme foi lançado e está disponível na íntegra no Youtube. Ainda não o vi para poder comentar a respeito, mas pelas cenas que vi  e pelos comentários, trata-se de um bom entretenimento, considerando o baixo orçamento U$$ 3.500,00.

Na trama o Bóson de Higgs transforma físicos em Zumbis e uma equipe de cientistas tenta sobreviver ao ataque (um enredo de dar inveja a qualquer George Romero).

Com pouca experiência em cinema e com equipamentos emprestados e orçamento do próprio bolso, a ideia vem para satirizar os misticismos e folclores que muitas vezes a mídia e o senso comum plantam em volta da ciência e da tecnologia. 



Fonte: Folha de S.Paulo

Quem lembra? Mundo de Beakman e a educação não formal

Mundo de Beakman
A tela de abertura do programa
Aproveitando que o ator Paul Zaloom o ex intérprete de Beakman virá para o Brasil, mais precisamente para Bauru, para fazer uma palestra (veja mais detalhes aqui) me lembrei deste fantástico programa de televisão, que na minha época passava na Tv Cultura e que foi um dos meus primeiros contatos com ciência.

Para quem não conhece, "O mundo de Beakman" foi um programa educativo exibido na TV na década de 90. O professor Beakman, respondia cartas que recebia de telespectadores com a ajuda de sua assistente e de seu rato de laboratório Lester (sim, era um cara vestido de rato).

O programa foi composto por 4 temporadas, as quais eram constituídas por episódios com cerca de 20 minutos cada uma. A primeira, segunda e quarta temporadas apresentavam um número total de 26 episódios cada uma, e a terceira temporada apresenta um número de 13 episódios.

Uma curiosidade é que na versão em português, os nomes dos telespectadores eram nomes engraçados que remetiam as perguntas que eles faziam.

Zaloon conta que a idéia para o programa não foi dele, mas que ele foi o único "louco" que topou participar do programa e sabia que não ficaria rico com isso. E que o programa foi ao ar devido a uma lei que "forçava" os canais a possuírem programas educativos em sua grade. 

Se Zaloom ficou rico ou não, é outra história, o que sabemos é que o programa foi um sucesso de popularidade e foi exibido para mais de 90 países e despertou o interesse de milhares de crianças para a ciência.

É importante possuirmos um senso crítico, quando estamos falando de educação não formal e divulgação científica. 

A televisão constitui um espaço muito importante para veiculação de informação, portanto devemos estar atentos ao que é mostrado para nós. 

O grande mérito do mundo de Beakman consiste em despertar no espectador (a maioria do público eram crianças), o "primeiro interesse" para a ciência, e levar às primeiras reflexões sobre o que é a ciência, o que são determinados fenômenos e outras questões deste tipo. Tudo isso através de encenações, músicas, efeitos especiais e piadas. O programa prendia o espectador, de uma forma divertida, sem ser maçante e cansativo.

Beakman e sua trupe constituem um ótimo material de apoio que poderia ser utilizado num espaço de educação formal, com o auxílio de um "adulto" (como eles sempre diziam), um professor que pudesse apontar equívocos ou acertos do programa e incentivar o lado crítico de seus alunos. Vejam aqui como podemos aliar entretenimento e educação de forma inteligente, trabalhando a percepção dos espectadores e a capacidade crítica dos mesmo, ufa! 

Talvez um pouco daquela loucura do Beakman nos ajude nessa tarefa!

De qualquer maneira aquela turma deixou saudades, segue um vídeo do canal nostalgia com uma visão do programa e também, nas referências, um trabalho de conclusão de curso que faz análises do ponto de vista educacional de alguns episódios.




Referências

Wikipédia

Super interessante

Ciências na Educação não formal: uma análise dos episódios de O Mundo 
de Beakmani




Dia a dia - Prato Giratório

Micro-ondas
Cuidado com o que colocar no micro-ondas
O post de hoje é uma curiosidade retirada do livro  O que Einstein disse ao seu cozinheiro (Wolke, Robert L.,Ed Zahar) que já foi comentado aqui

A pergunta que dá origem ao texto é "Por que a comida tem de rodar enquanto está cozinhando?"

"É difícil projetar um forno micro-ondas em que a intensidade das micro-ondas seja completamente uniforme por todo o volume da caixa, de modo que todos os locais da comida sejam submetidos à mesma potência de aquecimento. Além disso, toda comida no forno está absorvendo micro-ondas e perturbando qualquer uniformidade que, de outra maneira, possa existir. Você pode comprar um dispositivo barato, sensível a micro-ondas, numa loja de equipamentos culinários, pô-lo em diversas partes do forno e observar que ele registra intensidades diferentes em diferentes locais.
A solução é manter a comida em movimento, de modo que equilibre as disparidades na intensidade das micro-ondas. A maior parte dos fornos, hoje em dia, tem prato giratório automático, mas se o seu não tem, muitas receitas e instruções para descongelamento de alimentos irão lembrá-lo de rodar a comida a meio caminho do tempo de aquecimento"

A grosso modo podemos dizer que queremos que o alimento receba a energia das micro-ondas da forma mais uniforme possível, e como os micro-ondas distribuem suas ondas de forma não uniforme, fazemos com que o alimento rode pois as diferenças de intensidade em locais diferentes são "compensadas"

Referências

O que Einstein disse a seu cozinheiro: a ciência na cozinha: (inclui receitas) / Robert L. Wolke; tradução Helena Londres. - Rio de Janeiro: Zahar, 2003

No templo da ciência...

Segue um texto retirado do livro "Zen e a arte da manutenção de motocicletas" (Robert M. Pirsig,1975).

Albert Einstein
O  texto é parte de um discurso feito em 1918 por um jovem cientista alemão de nome Albert Einstein, conhecem?

Segundo minhas pesquisas o discurso foi feito por ocasião do sexagésimo aniversário de Max Planck. A versão que encontrei do texto no livro "Como vejo o mundo" do próprio Einstein é levemente diferente e inclui menções a outros físicos. Deixo aqui porém a versão que o texto me foi apresentado:

"No templo da ciência há muitas moradas... E em verdade muitos são os que as habitam, assim como são variados os motivos que os levaram até lá. Muitos se voltam para a ciência pela agradável sensação de 
terem uma capacidade intelectual superior; a ciência é seu divertimento especial, ao qual se dedicam para viver experiências intensas e satisfazer sua ambição. Outros habitantes do templo oferecem o fruto do seu raciocínio neste altar por motivos unicamente utilitários. Se um anjo do Senhor viesse expulsar todos os que pertencem a estas duas categorias, o templo ficaria consideravelmente mais vazio, embora ainda restassem alguns homens, tanto do presente quanto do passado... Se os tipos que acabamos de expulsar fossem 
os únicos existentes, o templo nem sequer teria existido, da mesma forma como não pode existir um bosque constituído apenas de trepadeiras... Aqueles que gozam das boas graças do anjo... são tipos um tanto estranhos, calados, solitários, na verdade menos parecidos uns com os outros do que os anfitriões dos rejeitados.
O que os trouxe para o templo foi... não se pode responder facilmente... a fuga do cotidiano, da sua dolorosa rudeza e irremediável monotonia, fuga dos grilhões dos desejos inconstantes. As personalidades delicadamente constituídas anseiam por escapar do ambiente apertado e barulhento em que se encontram, refugiando-se no silêncio das altas montanhas, onde a vista corre livremente através do ar ainda puro e alegremente acompanha os tranquilizadores contornos aparentemente eternos.
O estado de espírito que permite a um homem fazer este tipo de trabalho é semelhante ao do fiel em oração ou ao do amante enamorado. A atividade diária provém não de uma intenção ou plano deliberado, mas diretamente do coração."

Ensino de física moderna no ensino médio e o carater subjetivo da observação

Alguns meses de Blog parado, mas vamos que vamos para as atividades ;)

Este texto é uma resenha que fiz para a faculdade baseada no artigo 
"A diversidade de interpretações como fator constituinte da formação docente: leitura e observação" que pode ser acessado aqui

Nada de acadêmico ou formal, apenas uma análise. Boa leitura!


 Análise

ProfessorO artigo trata da análise das interpretações de estudantes de licenciatura em física em dois
cursos diferentes, o apoio teórico para as conclusões foi retirado das idéias de Michel Pêcheux
(filosofo francês que foi o maior expoente da linha conhecida como Análise do discurso).
O trabalho desenvolvido visava analisar a opinião dos estudantes sobre a possibilidade de se
ensinar física moderna no ensino médio, após lerem um texto sobre o assunto e após redigirem
um texto sobre o papel da observação na ciência.
Na primeira situação tivemos a maioria dos alunos favoráveis ao ensino dos conteúdos de física
moderna no ensino médio alegando argumentos que foram encontrados nas bases teóricas
dos trabalhos realizados, citando importâncias como a formação cultural e profissional.
Os contra­argumentos foram embasados no fato de os alunos realizarem uma interpretação
errada do conteúdo ensinado e não “digerirem” os tópicos abordados.
Estes contra­argumentos são válidos, porém parecem não levar em conta o fato de que esta
situação ocorre na maioria dos cursos de física clássica que são ministrados no ensino médio,
com uma abordagem quase que exclusivamente matemática e uma compreensão raza dos
alunos.
O segundo trabalho constituiu em entregar um galho pequeno de folhas aos alunos para que
estes descrevessem o mesmo. Após isso foi feito um um texto sobre a importância da
observação na ciência.
As descrições observadas foram ímpares para cada grupo. Enquanto uns descreviam o
sistema de forma subjacente, outros o analisavam de forma objetiva relatando medidas e
números. Nos textos subsequentes que falavam sobre a importância da observação na ciência,
os próprios alunos percebram esta diferença, justificando­a com o com as sua próprias
formações acadêmicas e culturais.
Através destes dois trabalhos nota­se a subjetividade que se manisfesta à partir da exposiçãode fatos. Uma vez que que as aulas ministradas no ensino médio são todas expositivas,
podemos imaginar a divergência de interpretações que se origina de uma única aula.
Um autor que claramente fez contribuições no âmbito da compreensão da própria ciência foi
Jules Henri Poincaré (físico,matemático e filosófo).
Para ele o método matemático não pode desprezar a intuição e a ciência é considerada como
um sistema de ralações.
A pesquisa em ensino de ciências caminha na mesma linha, mostrando a importância de se
detectar os conhecimentos prévios dos alunos, antes de abordar o tema a ser ensinado (ou
seja a intuição deles a respeito de determinado tópico).
Uma vez que o ensino de ciências é feito de forma “engessada”, desconsiderando qualquer
coisa que fuja ao escopo de determinado tópico, a impressão passada aos alunos é uma
completa falácia.
Essa falácia persiste e acompanhará os futuros professores.
Exercícios simples como a descrição das folhas citado no artigo, podem não aparentar um
carater experimental ,porém levam a profundas reflexões sobre a própria ciência, desde que
sejam mediados e de que suas reais intenções sejam explicadas.
São essas reflexões que levarão à  formação de professores críticos e conscientes do real
quadro do ensino no Brasil, e este é um passo importantíssimo para que novas propostas
visando a melhoria do ensíno básico sejam elaboradas.
 


Referências

http://www.ghtc.usp.br/Biografias/Poincare/Poinfil.html ­ Acessado em 06/06/2013

Colonização do espaço ?

A imagem do mês passado do Uol ciência  é de um projeto para a construção de uma base lunar.
A autoria é da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), em parceria com o escritório de arquitetura Foster + Partners.


Imagem Simulando a futura Base Lunar (fonte uol ciência)

Módulos seriam levados ao espaço através de foguetes e inflados na lua, e uma impressora 3D modelaria um escudo para proteger os astronautas da radiação, após isso um robô daria os retoques finais.

A colonização do espaço é um sonho humano que já amadurece tem algum tempo, e a ficção é claro, não deixa de explorar isso.

Dan Brown no seu livro Ponto de Impacto conta uma história mais próxima da realidade, com conspirações etc e tal.

Temos também quem queira contar histórias mais futuristas como Avatar (2009, James Cameron) em que os seres humanos vão ao planeta Pandora em busca de recursos naturais, clique aqui para ver o trailer.

No universo oriental, um que me chama a atenção é New Mobile Report Gundam Wing  (1995).

Nesta Série, 195 após a colonização do espaço, as colonias se rebelam e entram em conflito com a terra, e eles usam a busam de seus robôs gigantes para isso, abaixo o trailer do anime:






A analogia com a guerra entre países no tempo atual é explícita e toda a politicagem também, temos até uma espécie de ONU que no anime é chamada de Aliança.

Colonizar o espaço não é nada difícil e nem novo na ficção, e enquanto ela é explorada nas histórias, a realidade vai dando seus pequenos passos rumo ao espaço.

Fontes:

Uol Ciência

Wikipédia

Google inicia seleção de ideias que podem mudar o mundo


Ontem dia 30 foi lançada a terceira edição do Google Science Fair. A feira de ciências do Google que tem a intenção de premiar jóvens e talentosos cientistas com idéias que tem o potencial de mudar o mundo.

Os vencedores dos anos anteriores abordaram questões envolvendo saúde e testes mais eficientes para detecção de doenças.

Os prêmios incluem uma bolsa de US$ 50.000 fornecida pelo Google, uma expedição as ilhas Galápagos e experimentos no CERN.

O concurso é uma parceria entre Google, Cern (Centro Europeu de Pesquisas Nucleares),o Grupo Lego, a National Geographic e a Scientific American.

Abaixo o texto de apresentação do site oficial e o vídeo do evento:



"A Feira de ciências do Google é uma competição de ciências on-line aberta a alunos entre 13 e 18 anos de todo o mundo. Estamos à procura de ideias que mudarão o mundo. Para começar, você só precisa de uma Conta do Google."



Fonte: Info

Destaque Brasileiro em Olimpíada de Ciências


Matheus Camacho (Karime Xavier/Folhapress/São Paulo/SP)
"Com quase dois anos a menos que os 180 concorrentes de 28 países, Matheus Camacho, 14, foi à capital do Irã no início do mês passado para participar da Olimpíada Internacional de Ciências. Após dez dias de provas, voltou com a medalha de ouro por equipes na principal prova da competição, a prática. 

Matheus foi o brasileiro mais novo que já participou da competição, que começou em 2004 e reúne principalmente estudantes com 15 anos. Muitos já têm quase 16.

"O resultado dele foi impressionante. Não tenho notícia de que haja outro medalhista tão novo", disse Márcio Martino, organizador da competição no Brasil.

"Gosto muito de estudar. E me esforcei. Acho que foi isso", afirmou Matheus, aluno bolsista do colégio Objetivo, na capital paulista.

O esforço significa que, de manhã, ele assiste às aulas regulares. À tarde, são mais quatro ou cinco horas, específicas para preparação de olimpíadas. E, em casa, mais uma ou duas horas.

"Não posso dizer que ele fica cansado. É o prazer dele", afirmou a mãe, Simone Camacho, 45, formada em direito e funcionária do Judiciário. O pai é coronel do Exército.

As outras diversões são cinema ("filmes de qualquer tipo"), videogame e música. Ouvindo os Beatles, aprendeu e ficou fluente em inglês.

A precocidade do estudante teve de ser compensada com a carga de estudos. Ele é do ensino fundamental. As provas são do nível do médio.

Até março, o jovem nunca tinha visto uma aula de física, e a primeira de química foi em abril. Em maio, ele já estava na primeira eliminatória nacional, que contou com cerca de 2.500 alunos e cobrou as duas disciplinas.

Ao final, Matheus e outros cinco foram escolhidos para representar o país na competição mundial, em Teerã."


Fonte : Folhade de S.Paulo



Einstein - A grande idéia

Continuando a análise dos dois dvd's lançados pela scientific american em 2005 que se iniciou aqui, vamos agora ao volume 2 de Einstein.

Estes vídeos foram lançados em comemoração ao ano da física, 2005 foi escolhido, pois passaram-se cem anos do ano milagroso de Einstein onde sua produção científica foi elevadíssima, com artigos que mudariam nossas vidas para sempre. 

Não é o foco deste post abordá-los, mas para quem tiver interesse pode consultar aqui 

Agora vamos ao dvd, abaixo a sinopse oficial:

Einstein - A grande Idéia
Einstein - A grande idéia
"Em 1905, um jovem e obscuro funcionário de um escritório suíço de patentes concluiu que massa e energia são inseparáveis na Natureza. Essa ideia ainda viria a mudar completamente a forma como vemos o Universo. O seu jovem formulador, Albert Einstein, seria aclamado como o mais famoso nome da física moderna.

Nada escapou à detalhada reconstituição histórica nesta produção NOVA/PBS. Ela permitirá ao espectador compreender a equação de Einstein (E=mc²) e, paralelamente, revelará a trajetória de outros grandes nomes da ciência que de alguma forma contribuíram para sua obra, como Michael Faraday, Antoine Lavoisier e Lise Meitner.

As histórias desses gênios inovadores, com suas parcelas de sucesso e fracasso, amor e rivalidade, política e vingança, constituem uma verdadeira saga, que influenciou Einstein desde muito jovem."


Einstein
O filme mostra um Einstein jovem
Novamente não temos um documentário que tenha a intenção de ser um referência bibliográfica no assunto relatividade. O propósito aqui é "passear" pela história e compreender as principais idéias que influenciaram a física lá atrás, bem antes de Einstein e que consequentemente acabaram por influenciá-lo.

Basicamente cada capítulo do DVD "quebra" e equação de Einstein E=mc² em pedacinhos e volta no tempo para explicar qual cientista contribuiu para aquele pedacinho, eis os acertos desse filme e também os problemas.

Ao fazer isso em uma projeção de pouco mais de duas horas, tenha a certeza de que fica uma sensação de " há? ". Com certeza os cientistas retratados ( Faraday, Lavoisier, Maxwell, Du Châtelet e Meitner) teriam muito a dizer além do que é mostrado.




Destaque para as dua últimas, pois foram mulheres e quebraram diversos tabus para as respectivas épocas. Meitner foi perseguida por ser de uma família judaíca e Du Châtelet  por ter vivido entre 1700 e 1750, onde os direitos das mulheres eram muito retrôgados. A primeira obeteve muitos êxitos no estudo da fissão nuclear e a segunda traduziu o "Philosophiæ naturalis principia mathematica" de Newton, para se ter uma idéia a sua tradução é usada na frança até hoje (isso para citar apenas algumas contribuições).
Meitner dialogando nos corredores da universidade
Meitner dialogando nos corredores da universidade



Contar a "saga" da equação tem também seu lado positivo, pois retrata os personagens mais humanos, vivendo romances, dificuldades e alegrias. Tanto Einstein quanto os outros.

Assim conseguimos compreender o quanto estes personagens históricos sofreram no passado.

Contamos também com muitos doutores em física e especializado em biografias comentando passagens do dvd e esclarecendo alguns pontos.

O capítulo final fala sobre as perspectivas para o futuro (lembrando que a data era 2005, portanto muita coisa aconteceu de lá para cá)

Trata-se mais uma vez de um bom entretenimento, onde podemos aprender um pouco sobre a história da ciência e ainda conhecer os cientistas que ajudaram o mundo a ser compreendido como é hoje.

Fontes:

Loja Duetto

Séries e Filmes

2001video